sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Fonte em Évora


A Crucificação



Nesta cena da Crucificação, Cristo está parcialmente tapado por um dos ladrões e por Maria Madalena, que se encontra junto à base da cruz, obrigando-nos a concentrarmo-nos em alternativa, na sinistra natureza-morta com garrafas de vinagre, martelo e pregos, em primeiro plano. Esta focagem da atenção noutros elementos que não Cristo foi considerada radical na época em questão, provocando uma forte reacção da igreja. A obra foi também vista como uma critica implícita ao regime de Mussolini, na Itália. Trata-se de um quadro típico dos realistas socialistas, um grupo de artistas que procuravam criar uma arte política que fosse simultaneamente moderna e acessível ao comum das pessoas. Guttuso foi líder do movimento e na sua obra combinou aspectos do Cubismo, tais como o esquema de cor não naturalista e a distorção da anatomia, com um realismo descritivo. Em finais dos anos 30 e inícios dos anos 40 foi membro do Partido Comunista, que era clandestino na Itália fascista.

Gleizes, Howson, Nitsch, Picasso, Rego

Renato Guttuso. n Bagheria (ITA), 1912. m Roma (ITA), 1987.

A Crucificação. 1941. Óleo sobre tela. alt200xlarg200 cm. Galleria Nazionale d'Arte Moderna e Contemporânea, Roma


O LIVRO DA ARTE SÉCULO XX

Texto Editora

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Auto-retrato com Modelo


Neste estudo sobre a vaidade decadente, o artista pinta o seu auto-retrato, olhando fixamente para ele próprio, ao mesmo tempo que uma mulher nua se deita de forma provocadora atrás dele, fisicamente perto mas emocionalmente distante. Ele veste uma camisa transparente cosida no peito e que se assemelha à pele e a mulher tem uma destoante cicatriz na face. Por trás dela ergue-se uma flor fálica-simbólico Narciso- e ao fundo podemos vislumbrar os telhados da horrível cidade industrial.
Schad lidou muitas vezes com este tipo de temas de intensidade psicológica, transmitindo uma frieza sinistra através de um estilo realista e imparcial. Schad fazia parte de uma tendência na Alemanha do pós-guerra denominada Neue Sachlichkeit que rejeitava a abstracção a favor de um realismo estilizado, pretendendo captar a alienação da vida moderna através de um estilo linear que retrocedia até aos artistas dadaístas no princípio da sua carreira, fazendo experiências com os inovadores processos fotográficos.


Dix, Grosz, De Lempicka, Spencer

Christian Schad. n Miesbach (ALE), 1894. m Keilberg (ALE),1982.

Auto-retrato com Modelo. 1927. Óleo sobre madeira. alt76xlarg61.5 cm. Colecção particular

O LIVRO DA ARTE SÉCULO XX

TEXTO EDITORA