
Neste estudo sobre a vaidade decadente, o artista pinta o seu auto-retrato, olhando fixamente para ele próprio, ao mesmo tempo que uma mulher nua se deita de forma provocadora atrás dele, fisicamente perto mas emocionalmente distante. Ele veste uma camisa transparente cosida no peito e que se assemelha à pele e a mulher tem uma destoante cicatriz na face. Por trás dela ergue-se uma flor fálica-simbólico Narciso- e ao fundo podemos vislumbrar os telhados da horrível cidade industrial.
Schad lidou muitas vezes com este tipo de temas de intensidade psicológica, transmitindo uma frieza sinistra através de um estilo realista e imparcial. Schad fazia parte de uma tendência na Alemanha do pós-guerra denominada Neue Sachlichkeit que rejeitava a abstracção a favor de um realismo estilizado, pretendendo captar a alienação da vida moderna através de um estilo linear que retrocedia até aos artistas dadaístas no princípio da sua carreira, fazendo experiências com os inovadores processos fotográficos.
Dix, Grosz, De Lempicka, Spencer
Christian Schad. n Miesbach (ALE), 1894. m Keilberg (ALE),1982.
Auto-retrato com Modelo. 1927. Óleo sobre madeira. alt76xlarg61.5 cm. Colecção particular
O LIVRO DA ARTE SÉCULO XX
TEXTO EDITORA
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